por José Agostinho Fins*
Mulher e Mãe que chora copiosamente aos versos
Que a fome trouxe dura ao canto da Poesia!...
Mulher cujos sentidos sabem não ser só fantasia,
As águas que correm magoadas em leitos adversos!...
Que os ventos sopram duvidosos em diversos
Horizontes, carregados da salsa bruma e maresia,
Que tudo arrasam, tudo queimam... (que ironia!!..),
Os ventos que levam sonhos, pelo tempo só dispersos!...
Mulher cujos olhos meigos para lá do espaço
E do tempo enxergam na alma magoada,
De alguém que sorrindo chora a saudade abrasadora!!...
Mãe, que lágrimas são essas vertidas com embaraço,
Suspensas na Poesia, onde a fome ignóbil é declamada?!!...
Lágrimas!!... essas lágrimas, são sorriso da Divina Senhora!...
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*Agrochão - Vinhais (fins.707@gmail.com)
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