sábado, 15 de dezembro de 2007

Pobre!...


Sou dono do tempo, do infinito e do etéreo espaço,


De tudo ou de nada, de quanto só me rodeia!...


Das nuvens e ventos, das águias, da Lua Cheia,


Do Sol brilhante, de tudo que faço e não faço!...



Sou dono da chuva, da neve, dos indómitos temporais,


Das estrelas cintilantes, que brilham na noite escura,


De toda a natureza, das serranias cinza ou de verdura,


Do cântico dos melros que pululam nos choupais!...



Sou dono só de mim!... vivo a par com a saudade


Que me tempera os dias, amenizando os sofrimentos,


Me erguendo o olhar para lá do mar!... só para te ver!...



Sou dono só de mim!... companheiro irmão da Liberdade!...


No meu peito florescem de fogo e nobres os sentimentos,


Regados com sorrisos de alma, que olhos teimam em esconder!...




José Agostinho Fins


Agrochão – Vinhais

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