por Jorge Valadares
Realizou-se recentemente a Assembleia-geral em que tivemos oportunidade de fazer uma exposição, em power point, das actividades realizadas no ano passado e de prestar contas perante os associados que se dignaram comparecer.
Tive oportunidade de dizer que apesar de todo o esforço desenvolvido pela Direcção, o saldo positivo com que chegámos ao fim do ano foi bastante reduzido.
É certo que realizámos algumas obras de beneficiação da nossa Sede, mas a razão por que tanta actividade realizada rendeu tão pouco não pode explicar-se totalmente com esse facto. A justificação estende-se, por um lado, à falta de apoios por parte de diversas entidades ligadas à nossa região cujos governantes, com algumas honrosas excepções, têm a insensibilidade de não reconhecer o serviço social valioso que a CTMAD presta a vários transmontanos e alto durienses provenientes dos seus concelhos, como se os filhos dessas terras que tiveram que migrar para Lisboa deixassem de o ser por esse facto. Recusam retirar dos seus orçamentos uns insignificantes 250 euros anuais (ou 500 euros em reduzidos casos) para serem sócios extraordinários desta Associação de Solidariedade que representa na Grande Lisboa toda a região onde eles são responsáveis políticos e administrativos e apoia os naturais de lá e seus familiares aqui residentes. Por outro lado, há que reconhecer que as quotizações, devido ao facto de não variarem há anos, são baixas e com a agravante que só um número demasiado reduzido de associados paga as suas quotas atempadamente.
E é caso para perguntar: se a situação lamentável tem sido esta em tempo de «vacas gordas» como o será agora em tempo de «vacas magras»? Costuma-se dizer que é nos tempos difíceis que a nobreza de carácter mais vem ao de cima. Será que agora, dada a crise em que vivemos, todos nos lembraremos mais da necessidade de sustentabilidade da CTMAD e de ela ter de cumprir a sua grandiosa missão de mitigar o sofrimento daqueles transmontanos e alto-durienses que mais sofrem com ela? O futuro o dirá.
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